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Sexta-feira, 22 Novembro, 2024
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Professores apontam defasagem escolar como maior desafio da educação

Entenda porque professores apontam defasagem escolar como maior desafio da educação

O estudo Perda de Aprendizagem na Pandemia demonstra que durante as aulas online os estudantes aprenderam apenas 17% do conteúdo de matemática e 38% do de língua portuguesa. 

Em outra pesquisa, realizada com educadores, 7 em cada 10, apontam o reforço escolar dos estudantes que não aprenderam no ensino remoto como desafio para o futuro da educação. 

Para a mestre e especialista em educação, Claudia Vieira Levinsohn, o cenário é preocupante e os educadores estão tentando minimizar os impactos e melhorar o desempenho dos estudantes. 

No entanto, para encontrar alternativas que possam atuar, de fato, na raiz do problema, é essencial entender os motivos que levam a esse cenário.

Veja mais dados sobre a defasagem escolar no Brasil e entenda quais as abordagens que devem ser priorizadas para solucionar essa questão.

Quais as principais causas da defasagem escolar?

Um estudo realizado pelo Instituto Educbank de Educação e Cultura, organização social atuante no setor de educação básica no Brasil, mostra que a principal causa para a defasagem são os modelos adotados nos últimos anos, e o reforço escolar é a principal saída para enfrentar essa questão.

Em 2020, a pandemia influenciou no formato de ensino tradicional, levando os profissionais e alunos a utilizarem opções remotas. No entanto, nem todos estavam preparados para aderir a esse formato.

Pelo menos 70% dos entrevistados da pesquisa acreditam que o principal problema enfrentado na gestão pedagógica começa neste despreparo e na má formação dos educadores da área.

Além disso, 65% dos professores consideram ser necessário estudar formas de melhorar a vivência escolar dos alunos, que também sofreram impactos com os dois anos de recesso.

Outras causas para a defasagem escolar apontadas por professores e especialistas é a falta de acesso à tecnologia, que se tornou essencial nos últimos anos para atender efetivamente às novas demandas.

Ainda, a falta de base para os conteúdos também surge como um ponto que contribui para esse desinteresse.

Dados apresentados pelo Ministério da Educação revelaram que os estudantes de ensino médio possuem conhecimento de apenas 27% dos conteúdos básicos de matemática e língua portuguesa.

Sem esse repertório, torna-se difícil acompanhar as demais séries, levando a um cenário de maior defasagem escolar.

Como resolver na prática esse problema?

Para resolver o problema da defasagem escolar, na prática, já existem propostas de reforço escolar, sendo a principal indicação dos profissionais e especialistas.

Em 2022, o Projeto de Lei Ordinária 4041/2022 instituiu a criação de um programa de reforço dentro da Secretaria de Estado de Educação, voltado para alunos do ensino médio.

O objetivo do programa é atenuar o déficit de ensino ocasionado pela suspensão das atividades escolares presenciais durante a pandemia de coronavírus.

Outra medida que já foi adotada no Brasil é a criação de classes de aceleração, que trazem turmas criadas a partir das classes regulares, com alunos que apresentam defasagem.

Dessa forma, a turma passa por um processo de ensino diferenciado, onde é possível aprender mais rápido e acompanhar os demais.

Ainda, especialistas também comentam a responsabilidade das escolas e do governo para atuar nesta questão. “Compete às escolas tentar ajudar os alunos da maneira que for possível para diminuir a defasagem escolar; ao governo investir em políticas públicas que incentive a qualificação de professores e atendimento psicológico aos alunos, e a toda sociedade colaborar com nossos alunos para não desistirem de buscar uma educação de qualidade, que será fundamental para o seu futuro”, opina Claudia Vieira Levinsohn, mestre e especialista em Educação, em seu artigo para o portal Exame.

É possível reduzir a defasagem escolar?

Já existem projetos para diminuir o índice de defasagem escolar, e é possível reduzir esse cenário, apesar de a incidência ter aumentado nos últimos anos.

Isso deve ser feito com o apoio de projetos governamentais e o incentivo de profissionais, especialistas e educadores, além do apoio da tecnologia, que pode tornar o ensino mais atraente. 

Conforme sinaliza Claudia Vieira Levinsohn, além de repor o conteúdo perdido na pandemia, é essencial resgatar a saúde mental e a vontade de aprender dos estudantes.

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