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Sábado, 23 Novembro, 2024
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Escritor de trilogia de ficção e aventura aposta na diversificação da leitura para entender melhor o mundo

Para escrever bem, antes de tudo, é preciso ler muito. Essa frase é dita com muita frequência quando se trata de leitura, mas a realidade não é muito animadora, porque no Brasil existem poucos leitores, se comparar pelo tamanho da população.

Para o autor da trilogia “Johnny Bleas.”, o escritor João G. Brene, ler é um dos maiores prazeres de um escritor, mas nem todos pensam assim. “Leio menos do que gostaria, mas costumo ler o máximo que posso”, afirma o escritor que tem em sua seleção de livros clássicos como as obras de J.K. Rowlling, Paulo Coelho e Dan Brown.

Brene destaca que existem muitos escritores desconhecidos do grande público que têm obras interessantes e que merecem ser lidas. “Tenho lido alguns autores que até então eram desconhecidos para mim, mas que foram capazes de criar obras fantásticas, do ponto de vista inoperacional, para vida e bem-estar”, revela o criador de Johnny Bleas.

Atualmente o autor está lendo o livro “A Alma Indomável” de Michael A. Singer, que segundo ele, é um livro incrível que auxilia o leitor a libertar a mente dos pensamentos inconvenientes. “Além deste, tenho lido ultimamente alguns livros sobre meditação, um dos que mais gostei foi o livro de Jean Graciet, Dr. Luc Bodin e Nathalie Bodin, ‘O grande livro do Ho’oponopono’, que fala sobre meditação havaiana”, conta.

Para ele, é importante diversificar a leitura, porque ajuda a melhorar o processo criativo. “Muitos de meus leitores acham que costumo ler apenas ficção, fantasia e aventura, contudo, apesar dos livros Johnny Bleas fazerem muito sucesso nessa linha narrativa, tenho verdadeira paixão por livros que nos trazem de alguma maneira também uma visão espiritual e nos ajudam a refletir”, finaliza João G. Brene.

Situação da leitura no Brasil

De acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil realizada pelo Instituto Pró-Livro, para se considerar um “leitor”, é preciso ler pelo menos um livro nos últimos três meses, inteiro ou não.

Os dados da pesquisa mostram que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano. Esse índice é considerado baixo em comparação com outros países.

Também foi levado em conta na pesquisa os fatos que motivam as pessoas a lerem. Apenas 25% o fazem apenas por gosto pela leitura, outros 19% pela atualização cultural (19%). A lista segue com outros dados como distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%) e atualização profissional ou exigência do trabalho (7%).

A falta de tempo para o aumento da leitura foi apontada por 43% dos entrevistados. Apesar do cenário não muito positivo, a esperança é que a geração de novos leitores seja mais interessada que a atual.

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